terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Reencarnação


Do Portal do Espírito :
Porque a Reencarnação passou a ser condenada pela Igreja Católica
Vivaldo J. de Araújo

O Concílio de Constantinopla – 553 D.C Até meados do século VI, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a cultura religiosa oriental já proclamava, milênios antes da era cristã, como fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá oportunidade ao homem para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova existência. Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição, que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos. É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e, por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei. E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram, inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias (Mateus 11:14 e Malaquias 4:5). Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembléia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceu na reunião dos vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador cristão, Huberto Rohden, em seu livro " Alegorias ", segundo a qual, os pirilampos aclamaram a seguinte sentença, ditada por seu Chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro da mata, na calada da noite: " Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente ". E os vaga-lumes dizendo amém, amém, ao supremo chefe, continuaram a vagar nas trevas, com suas luzinhas mortiças e talvez pensando - "se havia a tal coisa chamada Sol, deve agora ter morrido". É o que deve ter acontecido com Teodora: ao invés de fazer sua reforma íntima e praticar o bem para merecer um melhor destino no futuro, preferiu continuar na ilusão de se poder fugir da verdade, só porque esta fora contestada pelos deuses do Olimpo, reunidos em majestoso conclave. Vivaldo J. de Araújo é Professor e Procurador de Justiça do Estado de Goiás

"Mensagens" dos Cristais de Água: Científícamente não Comprovado

"Mensagem" dos Cristais de Água: Cientificamente NÃO Comprovado



Instituto de Física da Universidade de São Paulo, São Paulo, S.P.

Um pesquisador japonês, Dr. Masaru Emoto, afirma ter provado que pensamentos e sentimentos interferem na realidade física. Ele diz que a estrutura cristalina da água é afetada pela “energia de vibração” de pensamentos, atos, e até mesmo de palavras e músicas [1,2].

Segundo Kardec (em nota de rodapé relativa à resposta dos espíritos à questão número 33 de O Livro dos Espíritos [3]), uma ação magnética dirigida pela vontade faz com que uma determinada porção de água se torne fluidificada. Nesse processo, a água adquire propriedades diferentes das que possui em seu estado normal, chegando ao ponto de servir como medicamento no tratamento de várias enfermidades. Portanto, não está em questão a nossa certeza, como espíritas, de que a água absorve os fluidos espirituais ambientes ou direcionados a ela. Questionamos a afirmativa de que “o fenômeno de absorção de fluidos pela água foi provado cientificamente”. Isso não corresponde à verdade conforme veremos adiante. Os seus defensores baseiam-se no trabalho de pesquisa do Dr. Masaru Emoto [1] que tem chamado a atenção de muitos irmãos nossos, no movimento espírita, chegando a ter destaque na “homepage” de grupos espíritas de grande prestígio.

Segundo Emoto [1], ao emitirmos pensamentos e sentimentos para uma amostra de água; ao submetermos uma porção de água a um tipo de vibração sonora ou música; ou, ainda, se uma etiqueta com uma determinada palavra for colada num frasco contendo água, então ela absorverá um tipo de “energia” associada ao valor, moral, do pensamento, som ou palavra que foi submetida a ela. Isso seria verificado através do processo de cristalização onde as moléculas de água, ao passarem do estado líquido para o estado sólido, formam estruturas tridimensionais bem definidas, como na formação dos minúsculos flocos de neve. Assim, amostras submetidas a pensamentos, sons ou palavras harmoniosas, formam figuras cristalinas simétricas e muito bonitas (veja “homepage” da referência [2]). Em caso contrário, obtém-se formas amorfas, sem nenhuma regularidade, possuindo um aspecto desagradável ao olhar [2].

Não somos nós os únicos a questionar a cientificidade dessa pesquisa. Citamos uma referência que critica esse resultados. Se trata de uma “homepage” intitulada “Lendas e Pseudociência” [4]. Os seus autores afirmam que “os experimentos do Dr. Emoto não tem respaldo na ciência nem na racionalidade, mas no misticismo. Eles pertencem àquilo que se chama de pseudociência ou não-ciência.” Em outras palavras, isso quer dizer que a pesquisa do Dr. Emoto não satisfaz os caracteres de universalidade e reprodutibilidade comuns aos fenômenos científicos. Além disso, eles alertam que algumas pessoas, mal informadas, podem ser induzidas a “rotular, com palavras amáveis, água de má qualidade e passar a usá-la na cozinha, para beber ...

[4]. Apesar do Dr. Emoto não sugerir essa aplicação, não há como garantir que isso não possa ocorrer.

Para que não fique dúvida sobre a precipitação em considerar cientificamente divulgado e comprovado os resultados do Dr. Emoto, enviamos-lhe um e-mail perguntando se foi publicado algum artigo científico, sobre o assunto, em revista científica internacional. Sua secretária respondeu ao nosso e-mail de forma muito amável e respeitosa, concordando sobre a importância de uma publicação realmente científica e afirmou que, de fato, o Dr. Emoto ainda não houvera feito uma tal publicação. Por essa razão, não podemos considerar que os resultados sobre a relação entre os cristais de água e os sentimentos e pensamentos foram comprovados cientificamente.

De modo a esclarecer o leitor leigo em ciência, uma pesquisa que envolva assunto ligado a qualquer disciplina científica só pode ser considerada como cientificamente comprovada quando a comunidade científica tiver reproduzido a experiência, obtendo os mesmos resultados, e analisado, de forma crítica, todos os métodos e argumentos utilizados. Para isso, tais resultados precisam ser publicados nos periódicos científicos para que a comunidade científica tome conhecimento deles e possa lê-los, avaliá-los e reproduzí-los, de acordo com o método científico. Além disso, antes de ser publicado em uma revista científica, um artigo passa pela análise de um parecerista que faz uma primeira análise crítica. É por essa razão que uma publicação em revista científica é considerada um verdadeiro primeiro passo para obter-se uma comprovação científica de qualquer pesquisa*.

Uma outra ordem de argumentos cabe aqui. Podemos e devemos aplicar o critério do bom-senso aos resultados das pesquisas sobre a água. Sabemos, como espíritas, que a água absorve fluidos espirituais. Mas como uma palavra, escrita em um rótulo, transferiria fluidos para a água dentro do frasco? Imaginem o seguinte exemplo: considere a palavra MORTE. Para alguns ela é algo terrível, que produz sentimentos de medo, insufla idéias de horror, etc.

Em certas culturas, porém, a palavra MORTE tem outro significado. Ela significa libertação, volta para “casa” e, de fato, com o Espiritismo, entendemos que a morte é a libertação do Espírito dos laços materiais; a morte é o retorno à Pátria Espiritual; o reencontro com os entes queridos.

Considere, também, o exemplo do nome HITLER(utilizado por Emoto [1]). Para a maioria das pessoas, esse nome lembra os atos terríveis praticados contra seres humanos. Porém, existem várias pessoas, hoje, que têm a palavra Hitler como nome ou sobrenome e, nem por isso, elas são ruins. Neste ponto, vemos que está ocorrendo uma inversão de valores: a forma está sendo tomada pelo fundo; o efeito pela causa. Isto pois, as características de uma pessoa não são determinadas pelo nome que ela recebe ao nascer e, sim, pelas virtudes e imperfeições que o seu Espírito tenha, isto é, seu estado evolutivo. Assim, é bem possível que exista uma pessoa de nome Hitler que seja bondosa, amada e querida por familiares e amigos. Portanto, o nome HITLER escrito no rótulo de uma amostra de água não terá efeito sobre a sua cristalização porque esse conjunto de letras não tem valor se uma mente não lê-las. Uma “vibração” só existirá quando uma pessoa interpretar a palavra e “vibrar” de acordo com os sentimentos dessa interpretação. Se a mãe de um jovem chamado Hitler ler o nome HITLER, não há dúvidas de que ela vai vibrar amor. Assim, a conclusão de que uma palavra estampada num rótulo tem o poder de influenciar as moléculas de água é ilógica segundo os princípios espíritas e isso pode ser usado pela crítica.

Em conclusão, a afirmativa de que os sentimentos e pensamentos (“vibrações”) afetam a estrutura cristalina da água não pode ser considerada como cientificamente comprovada a partir, apenas, dos livros do Dr. Emoto. Isso não significa que a água não possa absorver fluidos espirituais. Apenas não se pode considerar que a Ciência comprovou o fenômeno. O movimento espírita deve, portanto, receber essas notícias com bastante prevenção e prudência. Respeitamos essas pesquisas e quem as divulga mas aguardamos maiores comprovações antes de sairmos por aí anunciando os seus resultados. Quanto ao Dr. Masaru Emoto, respeitamos seus nobres objetivos, principalmente na área ecológica, em luta pela preservação da água potável no planeta. Porém, suas pesquisas precisam ser publicadas em revistas científicas para que elas possam ser discutidas e reproduzidas pelos cientistas do mundo inteiro e para que elas possam receber o respeito científico que elas merecem.

Uma ressalva deve ser feita. Existem outras pesquisas sobre os efeitos da fluidificação da água sendo realizadas tanto no Brasil quanto no exterior. Porém não temos notícias de publicações em revistas científicas internacionais e indexadas. Existem divulgações em “homepages”, como o artigo da referência [5], que, infelizmente, apesar de apresentar uma interessante metodologia, não pode ser considerado como científicamente comprovado, pelas mesmas razões acima expostas. Porém, pretendemos fazer uma pesquisa mais ampla na literatura espírita e espiritualista em busca de mais referências.

Por outro lado, existem pesquisas puramente materiais muito interessantes sobre a água [6]. Quem quer que deseje buscar comprovações científicas para os efeitos fluidicos e espirituais sobre a água deve levar em conta os trabalhos de pesquisa como os das referências [5,6] como fonte de informação e sugestão de modelo de trabalho.

Nunca é demais repetir as palavras do espírito de Erasto (Revista Espírita [7]): é preferível “rejeitar 10 verdades do que aceitar uma só mentira”. Notem que é muito mais difícil corrigir uma mentira depois de aceita do que vir a aceitar uma verdade previamente negada.

PUBLICADO NO JORNAL ALAVANCA 489 DE JANEIRO DE 2004, PÁGINA 3.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pioneiros



Humberto de Campos e Chico Xavier
Do livro: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho - FEB
O século XIX, que surgira com as últimas agitações provocadas no mundo pela Revolução Francesa, estava destinado a presenciar extraordinários acontecimentos.
No seu transcurso, cumprir-se-ia a promessa de Jesus, que, segundo os ensinamentos do seu Evangelho, derramaria as claridades divinas do seu coração sobre toda a carne, para que o Consolador reorganizasse as energias das criaturas, a caminho das profundas transições do século XX.
Mal não haviam terminado as atividades bélicas da triste missão de Bonaparte e já o espaço se movimentava, no sentido de renovar os surtos de progresso das coletividades. Assembleias espirituais, reunindo os gênios inspiradores de todas as pátrias do orbe, eram levadas a efeito, nas luzes do infinito, para a designação de missionários das novas revelações. Em uma de tais assembleias, presidida pelo coração misericordioso e augusto do Cordeiro, fora destacado um dos grandes discípulos do Senhor, para vir à Terra com a tarefa de organizar e compilar ensinamentos que seriam revelados, oferecendo um método de observação a todos os estudiosos do tempo. Foi assim que Allan Kardec, a 3 de outubro de 1804, via a luz da atmosfera terrestre, na cidade de Lião. Segundo os planos de trabalho do mundo invisível, o grande missionário, no seu maravilhoso esforço de síntese, contaria com a cooperação de uma plêiade de auxiliares da sua obra, designados particularmente para coadjuvá-lo, nas individualidades de João-Batista Roustaing, que organizaria o trabalho da fé; de Leon Denis, que efetuaria o desdobramento filosófico; de Gabriel Delanne, que apresentaria a estrada científica e de Camille Flammarion, que abriria a cortina dos mundos, desenhando as maravilhas das paisagens celestes, cooperando assim na codificação kardeciana no Velho Mundo e dilatando-a com os necessários complementos.
Ia resplandecer a suave luz do Espiritismo, depois de certificado o Senhor da defecção espiritual das igrejas mercenárias, que falavam no globo em seu nome.
Todas as falanges do Infinito se preparam para a jornada gloriosa.
As abnegadas coortes de Ismael trazem as suas inspirações para as grandes cidades do país do Cruzeiro, conseguindo interessar indiretamente grande número de estudiosos.
As primeiras experiências espiritistas, na Pátria do Evangelho, começaram pelo problema das curas. Em 1818, já o Brasil possuía um grande círculo homeopático, sob a direção do mundo invisível. O próprio José Bonifácio se correspondia com Frederico Hahnemann. Nos tempos do segundo reinado, os mentores invisíveis conseguem criar, na Bahia, no Pará e no Rio de Janeiro, alguns grupos particulares, que projetavam enormes claridades no movimento neo-espiritualista do continente, talvez o primeiro da América do Sul.
Antes dessa época, quando prestes a findar o primeiro reinado, Ismael reúne no espaço os seus dedicados companheiros de luta e, organizada a venerável assembleia, o grande mensageiro do Senhor esclarece a todos sobre os seus elevados objetivos.
— Irmãos - expôs ele -, o século atual, como sabeis, vai ser assinalado pelo advento do Consolador à face da Terra. Nestes cem anos se efetuarão os grandes movimentos preparatórios dos outros cem anos que hão de vir. As rajadas de morticínio e de dor avassalarão a alma da humanidade, no século próximo, dentro dos imperativos das transições necessárias, que serão o sinal do fim da civilização precária do Ocidente. Faz-se mister amparemos o coração atormentado dos homens nessas grandes amarguras, preparando-lhes o caminho da purificação espiritual, através das sendas penosas. É preciso, pois, preparemos o terreno para a sua estabilidade moral nesses instantes decisivos dos seus destinos. Numerosas fileiras de missionários encontram-se disseminadas entre as nações da Terra, com o fim de levantar a palavra da Boa-Nova do Senhor, esclarecendo os postulados científicos que surgirão neste século, nos círculos da cultura terrestre. Uma verdadeira renascença das filosofias e das ciências se verificará no transcurso destes anos, a fim de que o século XX seja devidamente esclarecido, como elemento de ligação entre a civilização do futuro, que assentará na fraternidade e na justiça, porque a morte do mundo, prevista na Lei e nos Profetas, não se verificará por enquanto, com referência à constituição física do globo, mas quanto às suas expressões morais, sociais e políticas. A civilização armada terá de perecer, para que os homens se amem como irmãos. Concentraremos, agora, os nossos esforços na terra do Evangelho, para que possamos plantar no coração de seus filhos as sementes benditas que, mais tarde, frutificarão no solo abençoado do Cruzeiro. Se as verdades novas devem surgir primeiramente, segundo os imperativos da lei natural, nos centros culturais do Velho Mundo, é na Pátria do Evangelho que lhes vamos dar vida, aplicando-as na edificação dos monumentos triunfais do Salvador. Alguns dos nossos auxiliares já se encontram na Terra, esperando o toque de reunir de nossas falanges de trabalhadores devotados, sob a direção compassiva e misericordiosa do Divino Mestre.
Houve na alocução de Ismael uma breve pausa.
Depois, encaminhando-se para um dos dedicados e fiéis discípulos, falou-lhe assim:
— Descerás às lutas terrestres com o objetivo de concentrar as nossas energias no país do Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços. Arregimentarás todos os elementos dispersos, com as dedicações do teu espírito, a fim de que possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevados propósitos de reforma e regeneração. Não precisamos encarecer aos teus olhos a delicadeza dessa missão; mas, com a plena observância do código de Jesus e com a nossa assistência espiritual, pulverizarás todos os obstáculos, à força de perseverança e de humildade, consolidando os primórdios de nossa obra, que é a de Jesus, no seio da pátria do seu Evangelho. Se a luta vai ser grande, considera que não será menor a compensação do Senhor, que é o caminho, a verdade e a vida.
Havia em toda a assembleia espiritual um divino silêncio. O discípulo escolhido nada pudera responder, com o coração palpitante de doces e esperançosas emoções, mas as lágrimas de reconhecimento lhe caíam copiosamente dos olhos.
Ismael desfraldara a sua bandeira à luz gloriosa do Infinito, salientando-se a sua inscrição divina, que parecia constituir-se de sóis infinitésimos. Uma vi­bração de esperança e de fé fazia pulsar todos os corações, quando uma voz, terna e compassiva, excla­mou das cúpulas radiosas do Ilimitado:
— Glória a Deus nas Alturas e paz na terra aos trabalhadores de boa-vontade!
Relâmpagos de luminosidade estranha e mise­ricordiosa clareavam o pensamento de quantos assis­tiam ao maravilhoso espetáculo, enquanto uma chuva de aromas inundava a atmosfera de perfumes bal­sâmicos e suavíssimos.
Sob aquela bênção maravilhosa, a grande assem­bleia dos operários do Bem se dissolveu.
Daí a algum tempo, no dia 29 de agosto de 1831, em Riacho do Sangue, no Estado do Ceará, nascia Adolfo Bezerra de Menezes, o grande discípulo de Ismael, que vinha cumprir no Brasil uma elevada missão. Fonte: Livro : Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho - Humberto de Campos.

Pioneiros





Manoel Fhilomeno de Baptista de Miranda





Mais conhecido como Philomeno de Miranda, foi, por muitos anos, destacado colaborador do Movimento Espírita da Bahia, culminando com a sua eleição para a Presidência da União Espírita Baiana, em substituição a José Petitinga, quando este retornou ao Pano Espiritual, em 25 de março de 1939, em Salvador.
Manoel Philomeno de Baptista de Miranda nasceu no dia 14 de novembro de 1876, em Jangada, Município do Conde no Estado da Bahia. Foram seus pais Manoel Baptista de Miranda e D. Umbelina Maria da Conceição.
Diplomou-se pela Escola Municipal da Bahia, hoje Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia, colando grau na turma de 1910, como Bacharel em Comércio e Fazenda. Exerceu sua profissão com muita probidade, sendo um exemplo de operosidade no campo profissional. Ajudava sempre aqueles que o procuravam, pudessem ou não retribuir os seus serviços. Foi tão grande em sua conduta, como na modéstia. Debilitado por uma enfermidade pertinaz, em 1914, e tendo recorrido a diversos médicos, sem qualquer resultado positivo, foi curado pelo médium Saturnino Favila, na cidade de Alagoinhas, com passes e água fluidificada, complementando a cura com alguns remédios da Flora Medicinal. Nessa época, indo a Salvador, conheceu José Petitinga, que o convidou a freqüentar a União Espírita Baiana. A partir daí Philomeno de Miranda interessou-se pelo estudo e prática do Espiritismo, tornando-se um dos mais firmes adeptos de seus ensinamentos. Fiel discípulo de Petitinga, foi autêntico diplomata na trato com o Movimento Espírita da Bahia, com capacidade para resolver todos os assuntos pertinentes às Casas Espíritas. A serviço da Causa, visitava periodicamente as Sociedades Espíritas, da Capital e do Interior, procurando soluções para qualquer dificuldade. Delicado, educado, porém decidido na luta, não dava trégua aos ataques descabidos, arremetidos por religiosos e cientistas que tentavam destruir o trabalho dos espíritas.
Mesmo modesto, não pôde impedir que suas atividades sobressaíssem nas diversas frentes de trabalho que empreendeu em favor da Doutrina. Na literatura escreveu \"Resenha do Espiritismo na Bahia\" e \"Excertos que justificam o Espiritismo\", que publicou omitindo o próprio nome. Em resposta ao Padre Huberto Rohden, publicou um opúsculo intitulado \"Por que sou Espírita\".
Dedicou-se com muito carinho às reuniões mediúnicas, especialmente às de desobsessão. Achava imprescindível que as Instituições espíritas se preparassem convenientemente para o intercâmbio espiritual, sendo de bom alvitre que os trabalhadores das atividades desobsessivas se resguardassem ao máximo, na oração, na vigilância e no trabalho superior. Salientava a importância do trabalho da caridade, para se precaverem de sofrer ataques das Entidades que se sentem frustradas nos planos nefastos de perseguições. É o caso de muitas Casas Espíritas que, a título de falta de preparo, se omitem dos trabalhos mediúnicos.
Importante conhecer-se como se deu o relacionamento do médium Divaldo Pereira Franco com esse amoroso Benfeitor. É o próprio Divaldo quem esclarece:
\"Numa das viagens a Pedro Leopoldo, no ano de 1950, Chico Xavier psicografou para mim uma mensagem ditada pelo Espírito José Petitinga, e no próximo encontro uma outra ditada pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. \"Eu era muito jovem e, como é compreensível, fiquei muito sensibilizado. Guardei as mensagens, bebi nelas a inspiração, permanecendo confiante em Deus.
\"No ano de 1970, no mês de janeiro, apareceu-me o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, dizendo que, na Terra, havia trabalhado na União Espírita Baiana, atual Federação, tendo exercido vários cargos, dedicando-se, especialmente à tarefa do estudo da mediunidade e da desobsessão.
\"Quando chegou ao Mundo Espiritual foi estudar em mais profundidade as alienações por obsessão e as técnicas correspondentes da desobsessão.
\"Fora uma pessoa que, no mundo, se dedicava à escrituração mercantil, portanto afeito a uma área de informações de natureza geral sobre o comércio.
\"Mas, tendo convivido muito com Petitinga, que foi um beletrista famoso, um grande latinista, amigo íntimo de Carneiro Ribeiro - que também se notabilizou pela réplica e tréplica com Ruy Barbosa - ele, Miranda, houvera aprimorado os conhecimentos lingüísticos que levara da Terra, com vistas a uma programação de atividades para a Doutrina Espírita, pela mediunidade, no futuro.
\"Convidado por Joanna de Ângelis, para trazer o seu contributo em torno da mediunidade, da obsessão e desobsessão, ele ficou quase trinta anos realizando estudos e pesquisas e elaborando trabalho que mais tarde iria enfeixar em livros.
\"Ao me aparecer, então, pela primeira vez, disse-me que gostaria de escrever por meu intermédio.
\"Levou-me a uma reunião, no Mundo Espiritual, onde reside, e ali mostrou-me como eram realizadas as experiências de prolongamento da vida física através de transfusão de energia utilizando-se do perispírito. \"Depois de uma convivência de mais de um mês, aparecendo-me diariamente para facilitar o intercâmbio psíquico entre ele e mim, começou a escrever Nos Bastidores da Obsessão, que são relatos, em torno da vida espiritual, das técnicas obsessivas e de desobsessão\".
A partir daí seguiram-se outros livros sobre o problema obsessivo, classificado por Philomeno de Miranda como \"tormentoso flagício social\". Nos seus livros, caracterizados e lidos como \"romances\", encontra-se meticuloso exame da mediunidade atormentada e das patologias obsessivas, em páginas de profundo teor didático que permitem ao leitor melhor compreensão da narrativa central.
Além de Nos Bastidores da Obsessão, ditou ao médium Divaldo Pereira Franco as seguintes obras: Grilhões Partidos, Nas Fronteiras da Loucura, Loucura e Obsessão, Trilhas da Libertação, Painéis da Obsessão, Temas da Vida
e da Morte, Tramas do Destino, Sexo e Obsessão, Tormentos da Obsessão e Entre os Dois Mundos. Philomeno de Miranda foi amigo de Leopoldo Machado, patrocinando grandes conferências desse inesquecível trabalhador, que deixou um marco de luz em sua passagem pela Terra.
Exerceu na União Espírita Baiana, hoje Federação Espírita do Estado da Bahia, os cargos de 2º secretário, de 1921 a 1922, e de 1º secretário, de 1922 a 1939, juntamente com José Petitinga e uma plêiade de grandes trabalhadores. Em 1939, substituiu Petitinga. Ele já vinha no serviço ativo daquela Federativa por mais de vinte e quatro anos consecutivos, trabalhando na administração, no socorro espiritual como grande doutrinador, nos serviços da caridade, zelando sempre pelo bom nome da Doutrina, com todo o desvelo de que era possuído.
Sofrendo do coração, subia as escadas a fim de não faltar às sessões, sorrindo e sempre animado. Queria extinguir-se no seu cumprimento.
Sentia imensa alegria em dar os seus dias ao serviço do Cristo. Sobre as suas últimas palavras, assim escreve A. M. Cardoso e Silva: \"Agora sim! Não vou porque não posso mais. Estou satisfeito porque cumpri o meu dever. Fiz o
que pude... o que me foi possível. Tome conta dos trabalhos, conforme já determinei.\" Era antevéspera da sua desencarnação, ocorrida no dia 14 de julho de 1942. Querido de quantos o conheceram - porque quem o conhecia não podia deixar de amá-lo -, até o último instante demonstrou a firmeza da tranqüilidade dos justos, proclamando e testemunhando a grandeza imortal da Doutrina Espírita.
Fontes: Antônio Souza Lucena, in \"Reformador\", nov/ 1990 e A Obsessão: Instalação e Cura, organizada por Adilton Pugliese, LEAL, 1998.
Fonte: NOVEMBRO/DEZEMBRO - 2005 \"O ESPÍRITA MINEIRO\"

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Falando de Espíritismo




Fonte: Internet

Carnaval




“EM FACE DOS DESCONCERTOS EMOCIONAIS QUE OS EXAGEROS FESTIVOS PRODUZEM NAS CRIATURAS MENOS CAUTELOSAS, HÁ UMA VERDADEIRA INFESTAÇÃO ESPIRITUAL PERTUBADORA DA SOCIEDADE TERRESTRE, QUANDO LEGIÕES DE ESPÍRITOS INFELIZES, OCIOSOS E PERVERSOS, SÃO ATRAÍDAS E SINCRONIZAM COM AS MENTES DESARVORADAS.”

Autor: Manoel P. Miranda
Psicografia: Divaldo P. Franco. Livro: “Entre os Dois Mundos” – pág. 61
“A




 FESTA É VESTÍGIO DA BARBÁRIE E DO PRIMITIVISMO AINDA REINANTES, E QUE UM DIA DESAPARECERÃO DA TERRA, QUANDO A ALEGRIA PURA, A JOVIALIDADE, A SATISFAÇÃO, O JÚBILO REAL SUBSTITUÍREM AS PAIXÕES DO PRAZER VIOLENTO E O HOMEM HOUVER DESPERTADO PARA A BELEZA, A ARTE, SEM AGRESSÃO NEM PROMISCUIDADE.”

Autor: Manoel P. Miranda
Psicografia: Divaldo P. Franco. Livro: “Nas Fronteiras da Loucura” – págs. 52 e 53

Reflexão Sobre o Carnaval


Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.


É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.

Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.


Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.


Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.


Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.


É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.


Emmanuel
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier em Julho de 1939 / Revista Internacional de Espiritismo, Janeiro de 2001.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Investigação sobre Reencarnação (parte 1)




Fonte: Yotube

Investigação sobre Reencarnação ( parte 2)





FONTE: YOTUBE

Lição do Banbu Chinês


Lição do Bambu Chinês
Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada por aproximadamente 5 anos, exceto um lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bulbo.
Durante 5 anos todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas...
Uma maciça e fibrosa estrutura de raiz que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída. Então, no final  no final do 5ºano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros.
Um escritor de nome Covey escreveu: “muitas  coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha,  investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará e com ele virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava.”
O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos e de nossos sonhos.
Especialmente em nosso trabalho, que é um projeto fabuloso que envolve mudanças de comportamento, de pensamento, de cultura e de sensibilização, devemos sempre lembrar do bambu chinês para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão.
Procure cultivar sempre dois bons hábitos em sua via: a Persistência e a Paciência, pois você merece alcançar todos os seus sonhos!
“É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão.”

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A TERRA


LINDO, NÃO É ? ! VAMOS CUIDAR DESTE PLANETA ANTES QUE AS PRÓXIMAS GERAÇÕES NÃO POSSAM DESFRUTAR DESTAS IMAGENS.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Prece de Cáritas


Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade, dai a força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade!
Deus, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, e ao órfão o pai!
Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes. Piedade, Senhor, para aquele que vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte, a paz, a esperança, a fé.
Deus! Um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.
E um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh Poder!, oh Bondade!, oh Beleza!, oh Perfeição!, e queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericórdia.
Deus, dai-nos a força para ajudar o progresso, a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Divina e Santa Imagem.
Assim Seja.
Sobre CÁRITAS
A prece, denominada “de Cáritas”, tem sido querida e contritamente orada por várias gerações de espíritas.
CÁRITAS era um espírito que se comunicava através de uma das grandes médiuns de sua época – Mme. W. Krell – em um grupo de Bordeaux (França), sendo ela uma das maiores psicógrafas da História do Espiritismo, em especial por transmitir poesia (que se constitui no ácido da psicografia), da lavra de Lamartine, André Chénier, Saint-Beuve e Alfred de Musset, além do próprio Edgard Allan Poe. Na prosa, recebeu ela mensagens de O Espírito da Verdade, Dumas, Larcordaire, Lamennais, Pascal, e dos gregos Ésopo e Fenelon.
A prece de Cáritas foi psicografada na noite de Natal, 25 de dezembro, do ano de 1873, ditada pela suave Cáritas, de quem são, ainda, as comunicações: “Como servir a religião espiritual” e “A esmola espiritual”.
Todas as mensagens que Mme. W. Krell psicografada em transe, e, que chegaram até nós, encontram-se no livro Rayonnements de la Vie Spirituelle, publicado em maio de 1875 em Bordeaux, inclusive, o próprio texto em francês (como foi transmitido) da Prece de Cáritas.
(Extraído publ. EDICEL)

William Crookes



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Fonte : Youtube