domingo, 21 de abril de 2013

PARÁBOLAS


Parábola do credor incompassivo

Lucas 18:23-35   

“Por isso o Reino dos Céus é semelhante a um homem rei que resolveu ajustar as contas com os seus servos. Tendo começado a ajusta-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Como não tivesse, porém, com que pagar, o senhor ordenou que o vendessem, juntamente com a esposa e com os filhos, e tudo quanto possuía para o pagamento da dívida.

O servo, porém, lançando-se-lhe aos pés, suplicava-lhe: “Senhor, tem paciência comigo e eu te pagarei tudo”. Compadecendo-se o Senhor daquele servo, deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida.

Mas, quando saiu dali, esse servo encontrou um dos seus companheiros de servidão, que lhe devia cem denários e, agarrando-o pelo pescoço, o sufocava, dizendo: “Paga-me o que me deves”.

O companheiro, lançando-se-lhes aos pés, suplicava-lhe, dizendo: “Tem paciência comigo e eu te pagarei”.

Ele, porém, não quis ouvi-lo; antes, retirou-se e mandou lança-lo na prisão até que pagasse a dívida.

         Vendo os outros companheiros o que se passava, ficaram muito penalizados e foram contar ao seu senhor tudo o que tinha acontecido. Então o senhor mandou chama-lo e lhe disse: “Servo mau, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me pediste. Não devias tu também compadecer-te de teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”  E o senhor, indignado, o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.

         Assim também meu Pai celeste vos tratará, se cada um de vós não perdoar, do íntimo do coração, ao seu irmão”.

Parábolas


Parábola do bom samaritano

Lucas 10:25-37   

E então, um doutor da Lei levantou-se e disse para experimenta-lo:

         “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”

Disse Jesus:

         “Que está escrito na Lei? Como lês?”

Ele respondeu, dizendo:

         “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e a teu próximo como a ti mesmo”.

Jesus disse:

         “Respondeste corretamente; faze isso e viverás”.

Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus:

         “E quem é meu próximo?”

Jesus prosseguiu, dizendo:

         “Certo homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu entre ladrões que o despojaram, cobriram-no de chagas, e depois se retiraram, deixando-o quase morto. E ocasionalmente descia por aquele mesmo caminho um sacerdote e, vendo-o, passou adiante. Igualmente um levita, vindo a esse lugar, também o viu e seguiu adiante.

         Certo samaritano em viagem, porém, chegou junto dele e, vendo-o, moveu-se de compaixão. Aproximando-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando sobre elas óleo e vinho, depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele.

         No dia seguinte, tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro, dizendo: ‘Cuida dele, e o que gastares a mais, eu te pagarei no meu regresso´.

         Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu entre ladrões?”

Ele respondeu:

         “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.

Jesus então lhe disse:

         “Vai, e também tu, faze o mesmo”.

domingo, 31 de março de 2013

PENSA UM POUCO


PENSA UM POUCO

“As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas testificam de mim.” — Jesus. (JOÃO, CAPÍTULO 10, VERSÍCULO 25.)

É vulgar a preocupação do homem comum, re­lativamente às tradições familiares e aos institutos terrestres a que se prende, nominalmente, exaltan­do-se nos títulos convencionais que lhe identificam a personalidade.
Entretanto, na vida verdadeira, criatura alguma é conhecida por semelhantes processos. Cada Es­pírito traz consigo a história viva dos próprios feitos e somente as obras efetuadas dão a conhecer o valor ou o demérito de cada um.
Com o enunciado, não desejamos afirmar que a palavra esteja desprovida de suas vantagens indiscutí­veis; todavia, é necessário compreender-se que o verbo é também profundo potencial recebido da In­finita Bondade, como recurso divino, tornando-se indispensável saber o que estamos realizando com esse dom do Senhor Eterno.
A afirmativa de Jesus, nesse particular, reves­te-se de imperecível beleza.
Que diríamos de um Salvador que estatuísse re­gras para a Humanidade, sem partilhar-lhe as di­ficuldades e impedimentos?
O Cristo iniciou a missão divina entre homens do campo, viveu entre doutores irritados e pecado­res rebeldes, uniu-se a doentes e aflitos, comeu o duro pão dos pescadores humildes e terminou a ta­refa santa entre dois ladrões.
Que mais desejas? Se aguardas vida fácil e si­tuações de evidência no mundo, lembra-te do Mestre e pensa um pouco.                                   

                                           Fonte: Pão Nosso - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel

sexta-feira, 29 de março de 2013

Prefácio do Evangelho Segundo o Espíritismo


"Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual
imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu
comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.
Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro
sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e
glorificar os justos.
As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas,
e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos,
a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei
uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.
Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração,
fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor!
Senhor!... e podereis entrar no reino dos Céus."
O ESPÍRITO DE VERDADE

Fonte: Evangelho Segundo o Espíritismo

quarta-feira, 27 de março de 2013

Há um Século


"  Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã  de abril de 1860, estava exausto,acrabrunhado. Fazia frio.
   Muito  embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos.
   A pressão aumentava...
   Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.
   Quanto mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail_ a doce Gaby_, a entrega-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada.
   O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta simples. E leu:
   "Sr. Allan Kadec:
         Respeitoso Abraço.
   Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo,bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimentos da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.
   Sou encardernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital.
   Ha cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal.Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.
   Meu desespero foi indescrítivel e julguei-me condenado a desamparo extremo.
   Sem confiaça em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade....
   A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de um trapo humano.
   Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa.
   Minhas forças fugiam.
   Namorava diversas vezes o Sena e acabei planejando suicidio. "seria fácil, não sei nadar"- pensava.
   Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie.
   Olhei em torno, contemplando a corrente....E ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhadoque se deslocou da amurada, caindo-me aos pés.
   Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera.
   Tomei o volume nas mãos procurando a luz mortiça do poste vizinho,  pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:
   "Está obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito_ A.Laurent."
    Estupefato, li a obra_' O Livro dos Espíritos' - ao qual a acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às sua mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver."
   Ainda constavam da mensagem de agradecimentos finais, a assinaturra, a data e o endereço do remetente.
   O Codificador desempacotou, então, um exemplar de " O Livro dos Espíritos' ricamente encardernado, em cuja
capa viu as iniciais de seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que missivista se referira, mas também outra, em letra firme.:
   "Salvou-me também.Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação - Joseph Perrier."

    Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banha-lo por dentro...
    Conchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mai sim na pauta
de radiosa esperança.
    Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas...
    Diante do seu Espírto turbilhonava o mundo necessitado de renovaçao e consolo.
    Allan Kardec levantou-se da velha poutrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde
passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...
    O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos hautos, e, antes de retomar a caneta para serviço]
costumeiro, levou o lenço ao olhos e limpou uma lágrima..."


                                                             Hilário Silva