“Muito antiga na humanidade, a
observação de que havia corpos com a propriedade de atrair outros. Na velha
Ásia, muito antes de Cristo, foi encontrado na região de Magnésia um minério
que atraía o ferro. E por isso foi ele denominado “Magneto” donde deriva a
palavra “Magnetismo” . Analisado recentemente foi classificado como “tetróxido
de triferro (Fe304), ao qual hoje se denomina “Magnetita”, chamando-se ímãs ao
magneto. Todos conhecemos essa capacidade do ímã de atrair limalha de ferro, e
os ímãs são muito empregados em numerosos campos de atividade.”
Interessante recordar que essa
capacidade de “atração” é também observada no corpo humano, e por associação, a
eta se chamou “Magnetismo animal”. (Carlos Torres Pastorino
- Técnica da
Mediunidade).
Em 1870 FRANS ANTON MESMER, iniciou a
ciência do magnetismo (influência exercida por um indivíduo na vontade outro).
Mesmerismo é a Doutrina de Mesmer, afirma que:
TODO SER VIVO É
DOTADO DE UM FLUÍDO MAGNÉTICO, CAPAZ DE TRANSMITIR A OUTROS INDIVÍDUOS,
ESTABELECENDO-SE ASSIM, INFLUÊNCIAS PSICOSSOMÁTICAS RECIPROCAS, INCLUSIVE DE
EFEITO CURATIVO. TAMBÉM CHAMADO FLLUIDISMO. (Palestra de Divaldo P. Franco - A
Serviço do Espiritismo).
“A magnetização remonta à mais remota
antigüidade. A força magnética das pessoas é uma forma de mediunidade. Da mesma
forma que os Espíritos se utilizam dos recursos do médium para a comunicação
escrita ou falada, eles se utilizam das faculdades radiantes do médium para
curar.”
“Existe em cada um de nós um foco
invisível cujas radiações variam de intensidade e amplitude conforme nossas
disposições. A vontade lhes pode comunicar propriedades especiais; nisso reside
o segredo do poder curativo dos magnetizadores. A estes efetivamente, é que em
primeiro lugar se revelou essa força em suas aplicações terapêuticas”. (Leon
Denis).
Desde
1818, o Brasil principiara a ouvir falar da Homeopatia. O Patriarca da
Independência correspondia-se com Hahnemann. A história não registra ainda o
nome dos adeptos senão a partir de 1840, ano em que chegaram ao Brasil dois
homens extraordinários, que não devem ser esquecidos pelos espíritas: BENTO
MURE, Francês e JOÃO VICENTE MARTINS, Português, depois Brasileiro. A ação destes
dois super-homens não pode ser contada aqui. Basta dizer: tudo quanto é raiz,
tudo quanto é tronco, tudo quanto é galho na frondosa árvore homeopática
brasileira, tudo se deve aos dois pioneiros. Outros gozaram as flores, os
frutos, o perfume. Outros plantaram em campos novos as sementes colhidas.
Bento Mure e Martins, eram profundamente
neo-espiritualistas. Ambos possuíam o dom de mediunidade, Mure clarividente;
Martins, Psicógrafo. Não se conheciam então as leis metapsíquicas. Reinava o
empirismo nos trabalhos de inspiração. Mas quem ler Mure verificará que, antes
de chegar a nós a doutrina dos Espíritos, ele se dava a transes mediúnicos. Foi
devido a uma assistência invisível constante que puderam os dois, numa terra
estranha e ingrata, que tanto amaram, amargar um apostolado inesquecível,
recebendo em paga do bem que faziam o prêmio reservado aos renovadores: a
perseguição, os ataques traiçoeiros, as ofensas morais e o encurtamento da
própria vida. Foram os maiores médicos dos pobres que o Brasil conheceu. E
ainda a Martins que devemos a introdução em nosso país, das irmãs de caridade e
dos princípios Vicentinos (1843). Ambos tinham como divisa DEUS, CRISTO E
CARIDADE.
A cura homeopática envolvia, como
envolve ainda hoje, certo mistério para o leigo... Bento Mure e Martins,
falavam ainda em Deus, Cristo e Caridade quando curavam e quando propagavam.
Aplicavam aos doente os passes como um ato religioso. Não o faziam por
charlatanismo, Hannemann, (descobridor da Homeopatia), recomendava esse processo
como auxiliar à homeopatia. Foram os homeopatas que lançaram os passes, não os
espíritas. Estes continuaram a tradição” (Bezerra de Menezes - Canuto de
Abreu).
Negado muito tempo pelas corporações
doutas, como negados foram, por elas a circulação do sangue, a vacina, o método
anti-séptico e tantas outras descobertas, o magnetismo tão antigo quanto o
mundo, acabou por penetrar no domínio científico sob o nome de hipnotismo. É
verdade que os processos diferem. No hipnotismo, é pela sugestão que se atua
sobre o sensitivo, a princípio para o adormecer, e em seguida para provocar
fenômenos. A sugestão é a subordinação de uma vontade à outra. Pode-se obter o
mesmo resultado com as práticas magnéticas. A única diferença, consiste nos
meios empregados. Os dos hipnotizadores são antes de tudo violentos. Se podem
curar certas afeções, na maior parte das vezes ocasionam desordem no sistema
nervoso e com a continuação desequilibram o sensitivo, ao passo que os eflúvios
magnéticos, bem dirigidos quer em estado de vigília, quer no sono, restabelecem
com freqüência a harmonia nos organismos perturbados. (Leon Deniz - No
Invisível).
A ação do fluído magnético está
demonstrada por exemplos tão numerosos e comprobatórios que só a ignorância ou
a má fé poderiam negar-lhe a existência.
FONTE: CURSO DE PASSES- WALDIR SILVA
Nenhum comentário:
Postar um comentário